segunda-feira, 25 de setembro de 2006

tempus de contradições

É só mais uma evidência que me deixa muito apreensivo. O mundo anda às avessas, mas assim tanto? A RTP apresentou no passado dia 10/Set um documentário que prova por "a+b" que a Al Qaeda poderá não ter mãos tão hábeis que justifiquem a autoria dos atentados. Muita mentira foi proferida. E nós em que ficamos? Quem são os verdadeiros terroristas?
fica este link para um video que ajuda a reflectir:
http://www.pentagonstrike.co.uk/pentagon_bp.htm#Main

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

tempus às avessas

Nem só a beleza está nos olhos de quem a vê! Também o Tempus é fruto da disponibilidade e animus com que se gere. Nunca nos esqueçamos que temos a ego-tendência de canalisarmos para os outros as nossas desavenças connosco próprios, comprometendo amizades e actividades que fazem de nós seres com história...mas que história? Que seja história de energias positivas e de alegria para que não nos queimemos com a candeias às avessas.

terça-feira, 5 de setembro de 2006

tempus sensíveis

Os dias correm. Quase nem damos por eles. Se nos mantivermos "imunes à vida", desatentos aos que connosco convivem, mais depressa morreremos porque essa, a vida, é feita de animus vivendi e não se compadece com distracções. Podemos mesmo tornarnos mortos vivus; Há que viver com alma e atentos aos que nos querem bem e espalharmos sorrisos gratuitos com o simples propósito de sermos pessoas boas e simpáticas...simplesmente porque não custa nada e os sorrisos são um excelente exercício para os músculos faciais.

segunda-feira, 21 de agosto de 2006

tempus de (in)justiças

... e por cá a Polícia Judiciária corre atrás dos que vendem bilhetes para os "rolling stones"! Olhem bem o ridículo:
Um amigo meu resolveu desfazer-se dos seus bilhetes para o grandioso concerto dos "cotas do rock". Como tantos outros, aproveitou o gratuito espaço num jornal local e divulgou condições e contacto.
Depressa surgiu um interessado. combinaram encontrar-se à hora do almoço numa gasolineira e fizeram a transacção. Segui-se a aproximação do "gang" da PJ que de imediato deteve o vendedor.
Sim. Foi detido, constituido arguido, apreendidos o bilhete e o dinheiro, e acusado de infracção contra o crime de especulação. Só porque estava a vender um bem que era dele, pelo preço que bem entendia. Foi apresentado ao Juiz às 17.30 horas que determinou que aguardasse, com termo de identidade e residência, pelo julgamento que decorrerá na semana que vem.
A seu tempo farei notícia do veredicto.
Algures no norte, também pelo mesmo crime, foi acusada um professora (notícia do "Correio da Manhã). O Sr. Dr. Juiz determinou que a "mestrina" dormisse uma noite na "choldra" devido ao facto de ser professora e dever dar o exemplo.
No que se refere à pertinente questão de se saber se o acto da venda dos bilhetes será crime de especulação, remeto os comentários para a semana que vem.Mas no que toca à gestão de recursos da Polícia Judiciária... na minha opinião, é uma completa desgraça.
Ora o estado esteve a pagar a quatro agentes um dia de trabalho mais uma manhã (como testemunhas no julgamento).
Os bons dos agentes estavam a cumprir a sua missão e até davam dicas ao, ora arguido, de como poderia safar-se e acrescentando que se calhar nem haveria julgamento...e que ele não se esquecesse de pedir o dinheiro (do estado pago ao arguido e agora apreendido). Enquanto davam estas dicas maravilhosas que provam a convicção com que trabalham, o carro da PJ segui com os "azulis" com sirene, em contra mão...a uma velocidade estonteante porque simplesmente não tinham pressa nenhuma...
Simplesmente maravilhoso!
Quid Juris?

sexta-feira, 11 de agosto de 2006

tempus de projectos

Eles juntam-se, pensam, repensam e, por fim, decidem que não serão os construtores civis e os presidentes de câmaras que nos farão viver tão perto e tão separados. Sim! podemos ser nós a construir o nosso espaço, o "nosso cantinho", ao pé dos outros de quem gostamos e estamos tão longe e tão perto. Há que pôr mãos à obra!
temos que ser nós a construir o nosso clube, a nossa associação, os nossos espaços e lugares para que o nosso verbo fale com alma.

quarta-feira, 9 de agosto de 2006

tempus de glórias

É com profundo entusiasmo que recebemos a notícia da conquista da medalha de ouro de Francis Obikwuelo no Campeonato da Europa de Atletismo. Glória merecida também para João Vieira nos 20Km marcha que arrecadou a medalha de bronze.
Parabéns e obrigado!

terça-feira, 8 de agosto de 2006

tempus de guerras

Não estamos de novo em guerra. Não! Continuamos a guerra que dura desde sempre. A diferença substancial é geofráfica. Nos dias que correm (e correrão) a guerra será perene enquanto a democracia não se implanta em pleno, no planisfério.

segunda-feira, 7 de agosto de 2006

tempus (ensaio)

A vida não se pede nem se perde. Tem o seu tempo na justa medida da gestão de tudo o que temos e podemos vir a ter. Ou não. É o tempo que define o que somos, as nossas opções e prioridades. Caminhamos pelo planeta juntando, à memória, cores, formas, objectos tridimensionais e sentimentos. A vida é isso mesmo. Juntar elementos, referências, pressupostos e, depois, contextualizarmos. A semântica dos conceitos encontra-se em constante adição de novos elementos.

projecto portugal

Como começar a inventar Portugal? refazer o puzzle ao nosso jeito. Considero que basta de gente que não gosta de fazer as coisas bem, como devem de ser. Ou habitamos no deserto ou optamos por estar uns com os outros. para isso é preciso tomates para aceitar as regras básicas dos que connosco convivem.
Há que alinhar pressas.

ais do continente e ilhas adjacentes

O parlamento de quando em vez...
E as propinas p'ra não pagar...
E a portagem para aquecer...
A paciência do português!...
E as facturas ! que até são falsas...
São as valsas do poder...
A mulher qu'in'd'usa calças!...
São as valsas do poder...

Televisões 'inda são poucas...
Para tanto nada falar...
Bem vindas telenovelas...
Que vão à minha casa jantar...
E a estrada é com buracos...
A oposição não sabe fazer...
Os ministros estão com pecados...
Quem lhes irá valer?...

E a malta! que gosta disto...
Nunca perde um sarrrrrabulho...
A seguir há festa brava...
Na 24 de Julho...
E os Açores são lusa-pátria.
E o bom Porto é português.
E a Madeira 'inda é nossa!
Isto é ser português!...

domingo, 6 de agosto de 2006

tempus de reflexão/acção

Temos registos da história, cruzamentos de opinião, temos tudo o que os nossos antepassados não tiveram. E com tanto de tudo, conseguimos criticar tudo e todos e continuar a não fazer nada.É tempo de deixar os economistas políticos à solta, sem escrúpulos, sem senhor e sem deus, de forma a ficarem sem dados para jogar. Isso! proponho que seja feita uma mudança de jogo. Sim - não estou a propôr mudança das regras. proponho mudança de jogo. É que ludicamente, as regras são os obstáculos ao jogo eficaz e divertido. No jogo político, as regras viram-se para os que têm menos recursos, de forma a formatá-los com alucinações labirinticas. E porquê esta minha proposta? porque o jogo é com PESSOAS. E com pessoas que não têm TEMPUS para joguinhos. Ora, já agimos mal; já reflectimos no assunto e chegámos à conclusão que já todos estiveram a ganhar o jogo mas logo alteram as regras e o jogo deixa de ter piada..e andamos nisto há anos! Há que reinventar valores associativos coerentes, eficazes, e que sejam simples, para que, de facto, o que vulgarmente apelidam de oportunidades, não sejam cada vez mais só para alguns (os que alteram as regras do jogo).

maio 23, 2006

sábado, 5 de agosto de 2006

tempus de medo

Medo de Existir (autor: José Gil, considerado um dos 25 maiores pensadores da actualidade e, actualmente, cronista da "Visão").
Dediquei poucas horas de fim-de-semana a ler o "livrito". Para quem não pensa no que fomos,somos, e seremos, não é a melhor opção de leitura. A obra é uma fotografia da mancha portuguesa; dos recursos humanos e sua influência no ambiente, na educação e na república.
Do que retive, em súmula, é de que andamos mutilados por um conjunto social de regras sociais e institucionais em que, pessoas e instituições, todos têm medo de todos.
A burocracia institucional é um excesso de garantismo, muito dele sem nexo e utilidade.A desconfiança social é uma praga, que obriga os indivíduos a sancionarem em excesso de formas os seus destinos(leis e regulamentos...), por não existir o factor confiança. Isto leva ao que o autor denomina a teoria da não-inscrição.
vou transcrever um parágrafo:"....Com tanta magia assim ganha, o homem político mediático corre o risco de julgar que tudo pode, que as maiores asneiras, erros, desgovernações (...)lhe serão imediatamente perdoados ou melhor, que eles serão afectados de uma espécie de «impunidade», de «ligeireza», de «irrelevância» que não contarão no balanço final eleitoral - porque, afinal, não se inscreverão na memória popular. A isto chama-se também populismo, demagogia imanente (que se enraiza endemicamente no nosso país « no nacional porreirismo»...."

abril 27, 2005

tempus do além

Ajoelhou-se o mundo! repararam na forma solene como o mundo inteiro, crentes e não crentes, se curvaram perante um homem de paz? repararam que estavamos, de facto e joelhos, a rezar pelo além...não terá sido?A minha interpretação é esta. Senti que, perante os momentos conturbados das nossas micro-sociedades ocidentais, também existe uma massa humana, que está a mendigar com as suas orações, que João Paulo II seja considerado Santo.
Bento XVI - que faça a derradeira concórdia, aquela que só o TEMPO sara, que magoa vivamente, que foram as Guerras entre as duas grandes potências europeias - França e Alemanha.
Ajoelhou-se no colo da praça de S. pedro, arquitectonicamente projectada para simbolizar os braços da Igreja Católica representada pelo seu primeiro,a quem jesus confiou as chaves do reino, espiritual e temporal, S. Pedro.
Ajoelhou-se porque só ele tem nas mãos os nossos desígnios. Porque temos fé que a inspiração divina tem efectiva presença nas pessoas que praticam o bem.
Ajoelhou-se para que consigamos ter um mundo mais tranquilo, para que possamos ter mais santos a conviver com as top model, com o objectivo de evengelizar os shop, estupe, e outros "facientes" que, em nada, respondem à verdadeira necessidade de paz.
Foi uma genoflexão planetária a Deus!

abril 26, 2005

tempus de cerimónia

A passagem pela vida presenteia-nos consoante a cerimonia que com ela praticamos. A capacidade interior do homem provou, na história, a capacidade de este, homem, se ultrapassar a si próprio. Se cuidarmos dos outros, cuidamos de nós próprios; Numa perspectiva de investimento humano, de solidariedade e companheirismo. Só as mentes abertas entendem o mundo de forma menos preconceituosa, ié, com mais moral. façamos da nossa vida uma cerimónia e a nossa auto-estima deixa a hibernação....

abril 05, 2005

líder espiritual

Com a morte do santo padre João Paulo II, o mundo viu-se confrontado com uma reflexão sobre o papel que o líder espiritual dos católicos desempenhou no último quartel do séc. XX. Homem de Paz, de ecumenismo, de reconciliação. A cada tentativa de usar "guerras santas" pelos políticos e fundamentalistas, ele antecipava-se e, implacável, pregava a rasteira da paz. O seu passado de guerra, primeiro com os nazis e, depois com os russos, deram-lhe a consciência viva do que o homem é capaz de fazer aos seus iguais.Quão mais carismático se apresenta um líder, mais dificil se torna a escolha do sucessor. mas a Igreja sempre se ultrapassou a si mesma perante os obstáculos da civilização humana.Tenha um sereno descanso junto de Deus, Joanus Paulus II.Obrigado

abril 03, 2005

tempus mortos

Já é tempo de nos questionarmos, civilização, acerca da natureza do da criação, do tempo e da morte. Já é tempo de agradecer o conhecimento, mais propriamente o entendimento, e provocar a inscrição da nossa criatividade no tempo. A morte é, pela sua natureza, ausência; A realidade não pode ser ausente. tem que ser presente, viva, criativa e edificante. Tal como José Gil pensa, e eu subscrevo, o medo de existir está dentro de nós, num nevoeiro de acção/inacção; Pensamos mas não agimos em conformidade. A angústia galvaniza a descrença. O tudo é igual ao nada nesse blasfemo nevoeiro de desinteresse. Onde se encontram as almas inconformadas e distintas? Onde se encontram as barbas brancas da sabedoria que dissecam o trigo do joio? Onde se abrigam as energias alternativas do saber? Em que lugar se pode encontrar um megafone de razoabilidade humana, de princípios. Será que só os mortos-vivos têm direito, enquadramento legal, para a sua existência mundana e remendada?
março 20, 2005

tempus de virgens loucas (Mt, 25)

O capítulo 25 de S. Mateus, na Bíblia Sagrada, era citado repetidamente pelo Pe. Gil, meu professor de português, a quem estou agradecido pela mestria dos ensinamentos, quando os alunos chegavam atrasados ao refeitório ou às aulas. E o que diz tal trecho bíblico? Ao chegar o pretendente, duas mulheres solteiras prepararam tudo para esperar o possível noivo que vinha de viagem. Compraram azeite para manter a csndeia acesa durante a noite. A avisadas, previdente, ía regulando a candeia para não gastar o azeite todo de uma vez; a outra, ao invés, deixou a cândeia mais acesa e apagou-se antes de chegar o noivo....Digam lá que que, nos tempos de hoje não se aplica, quase SIC, esta história bíblica?Será que não estamos um autêntico país de virgens loucas?

re tempus

Qual será o critério usado pelos viventes lusos, em terreno pátrio, na escolha dos princípios e consequentes na gestão de tempo? Esta questão determinaria, com certeza, muita pouca dedicação ao sonho, à capacidade de nos individualizarmos pelos nossos anseios e, por esse motivo, menos repetidos. Ao invés, o tempo gerido com exclusividade de outros, limita a criatividade proactiva...uma certa escravidão intelectual e física. Acresce que os repetidos se tornam, na sua maioria, seres previsíveis, fáceis de moldar.Vivam os sonhadores do tempo!

março 07, 2005

tempus de guerras santas

O tempo tem sido rotulado por épocas marcantes na civilização. Desde a Idade Média, que o tempo tem sido secularmente denominado pelo contributo revolucionário que trás para a Europa. Tem sido o velho continente a catalogar o tempo-história do planeta. Anterior à Idade Média, outros tempos marcaram a história universal. A mesopotamia, pelos relatos bíblicos, albergou o berço da civilização actual e, hoje, é o berço da guerra universal. O Êxodo para a Terra prometida, Jerusalém, deu-se pela Guerra; A guerra contra a tirania e a escravidão levaram Moisés a protagonizar, em nome de Deus, a fuga do Egipto, o sacrifício pelo futuro e a partir em busca de melhor, para um povo que liderava. Era um líder espiritual que se tornou, necessariamente num lider politico.
A Palestina e Israel partilham um espaço bem vivo e polémico. É o centro do mundo religioso. A mesma fé foi levada aos quatro cantos do mundo com a palavra de discipulos mais ou menos "talhados" para o efeito. Foi a guerra religiosa que venceu os romanos com o tempo; Foi a guerra religiosa que encontrou sempre o espírito como estandarte para a ansiedade humana. Á história repete-se com homens diferentes mas iguais.
Será por acaso que Lúcia, uma pastorinha do tempo da 1ª guerra, conseguiu ter uma visão libertadora através da oração? O movimento religioso interpretou a mensagem como instrumento de arremeço do descontentamento geral de uma nação.
Será por acaso, que todas as televisões do mundo têm o seu correspondente em Itália, junto à clínica onde está hospitalizado o santo padre?
março 02, 2005

tempus de criação

Há muito que que considero que o tempo é o bem mais valioso. A moeda é bem menos valiosa por não compreender o tempo criativo. Este fenómeno usa a informação e sentido de humor como armas diabólicas capazes de destronar o maior problema com a melhor solução.A nossa criatividade tem que ser estimulada como verdadeira moeda de troca pelos produtos, materiais e espirituais, que necessitamos.
fevereiro 24, 2005

tempus puros

Aqui segue um apelo à política da atenção aos recursos humanos e à estética. A natureza humana só é distraída dos seus intrínsecos diabretes quando é estimulada para uma mais nobre acção. Só teremos um Estado eficaz quando providenciarmos uma sociedade eficaz; Uma sociedade em que o bem comum é assumido como qualidade de vida. Em que o património público, humano e espiritual, se apresenta como agente patriótico e coerente, dignificando a história como agente motor da auto estima de um povo.
"Falta salvar Portugal!"

tempus e pressas

Convivemos numa sociedade cheia de pressas. chegámos mesmo a deixar de interpretar o termo pressa, como se a pressa não pudesse ser devagar. Cada um de nós tem a sua pressa na justa medida da utilização do tempo, esse valor único que nos é dado gerir, melhor ou pior.
Fevereiro 16, 2005

tempus vivus

São novos os tempus que se avizinham. Mesmo muito novos. À custa de bater com a cabeça (cada um escolha o local das cabeçadas), cá vão os lusos aprendendo a "brincar" à democracia. Já anteriormente chamei de idiota ao psl, hoje, reafirmo com um sorriso bastante mais eloquente. Na minha modesta opinião, não será o orçamento ou falta dele que vai alterar a vida dos cidadãos. Nada mesmo. nunca se resolveram problemas com migalhas; os remendos normalmente só atrasam decisões. Mesmo que a equipa do PS não aprenda a decidir - depois de alguns anos de (des)governo -, tem agora a hipótese de não repetir os mesmos erros. O PSD aprendeu, com certeza, a lição ou a moral da história. Quem estiver à frente do nosso país tem que governar para o povo e nunca para uma minoria. A "forma" conta se existir conteúdo. Sem este, não há por onde. Para movimentar as nossas energias, os políticos devem vender as ideias aos cidadãos e, só depois de estes comprarem é que podem ser executadas. Há que deixar a república da desinformação para acedermos ao conhecimento. É um trabalho moroso mas sem alicerces não há casa que resista. Bom Natal Portugal!

dezembro 02, 2004

tempus de reformas

Numa sociedade tendencialmente infeliz, onde os ideais não encontram ideias, as reformas são sinónimo barato de remendos.
Só assim se entende que o idiota-regente do país (leia-se PSL), onde os licenciados em Direito espreitam o desemprego (ou quase emprego) a cada esquina, proponha que os professores passem a assessorar juízes.
Só assim se entende que a Justiça não seja tratada, a par da saúde e da educação, nas reformas de um estado.
Só assim se entende que fazer Direito não é fazer Justiça.
Propostas reais reformistas:1. Ministério da Educação passa a denominar-se M. da Instrução;2. Ministério da Justiça passa a denominar-se M. do Direito;3. Ministério da Saúde passa a denominar-se M. da Doença;

outubro 21, 2004

tempus animus

Ao percorrermos as horas, os dias, os meses e os anos, temos que optar pelo tipo de tempo que nos dê mais felicidade. No fundo, é viver com mais ou menos pressa. O relógio biológico mede um tempo distinto do do cronómetro como distinto é o tempo dos sentimentos.Para o tempo ser comum, há que sincronizar as medidas de tempo e alinhar pressas.
Outubro 20, 2004

tempus político

Tenho a sensação que passamos o TEMPO a perdoar; Não por sermos pacíficos mas por sermos passivos.Por um lado, o ser humano apresenta-se como demasiado animalesco e instintivo; Trata os da mesma espécie - os humanos bípedes - com rigor; Penalizando, ao jeito de exercício de prazer, os actos que desaprovamos. Contudo, a carga de energia necessária para sancionar os delinquentes consome-se no falar barato. Por muito que as crónicas de opinião sobre os atropelos censurem quem censura, a realidade demonstra que, no final, é essa mesma censura que vinga, que vence e que destrói... Ensimesmado, o desGoverno do "rectângulo"(AJJ)não tem tempo para analisar os problemas do país e capitula-se na construção de uma carapaça. Do cherne à tartaruga foi um passo silencioso. Ambicionamos o sábio, votamos no "inteligente intuitivo" e somos governados pelo "esperto oportunista". Ora que nível retiramos da democracia em que vivemos! A Democracia não é Deus para tudo perdoar! o povo é de facto burro porque se deixa reger pelo esperto e deixa que os sábios continuem a fazer sermões para os peixes.

outubro 11, 2004

paz e ética

Meses de sobrevivência neste terreiro, neste planeta abençoado por deuses, diabos. Maravilham infernos, pequenos e grandes. É com o terreiro que nos preocupamos todos os dias, até nos sonhos e fantasias, tudo gira ao seu redor. Milhões de pessoas se organizam para conviver da melhor maneira com o planeta, com o que existe e com a velocidade que harmoniza em busca da tranquilidade.
A tranquilidade é na verdade o momento de paz, de harmonia – talvez o momento em que estamos de bem com Deus. Estarmos de bem com Deus! Que momento transcendente, tão inatingível... O espírito e a matéria poderão alguma vez adquirir tal estado de harmonia?
Uma ténue linha separa os dois factores:
A matéria: Conceito que nos permite usar os sentidos para o apreender. É, por tal, um conceito fácil, comprovado e científico.
O espírito: O ilógico torna-se razão, torna-se uma verdadeira criação da natureza. É esse imaginário que torna possível espiritualizar o material, gerir a nossa relação com os seres e com os elementos.
Então, para podermos analisar de forma metódica as relações estabelecidas entre o espírito e a matéria, somos convidados a dissecar os pontos de conflito. O que realmente desperta curiosidade, a motivação para a demonstração e a diminuição do mistério cognitivo.
Esta sequência metódica pode ser o meio pelo qual a nossa existência se torna lógica; definimos objectivamente a natureza e o meio em que a questão colocada. É este o meio pelo qual se chega ao conceito de agnosticismo. Desiste-se de procurar e desvendar mistérios, assume-se a ciência como meio de resolver problemas e procurar respostas.
Para os agnósticos, natureza concebe-se a si própria como um processo de sobrevivência de espécies. O mais forte e o mais fraco digladiam-se genuinamente deixando a sociedade estabelecer as regras de acção de cada indivíduo a cada momento.
A espiritualidade tem sentido? Será que não é esta a única a apresentar propostas éticas únicas para atingir a paz?
outubro 07, 2004

tempus de fé

Quando acreditamos, a prioridade das nossas energias acontece por um critério metabólico. Uma disciplina de conhecimento em que a sincronização entre a mente e o corpo se confundem num só. Uma reacção química provocada pelo querer; pelos estímulos que a mente envia para o organismo.
Quando forçamos o nosso comportamento a adaptar-se a formatos que não concentram as nossas energias, estas ficam dispersas, perturbando a apetência natural para a optimização, podendo mesmo entrar em conflito e respectiva deterioração. A relação do organismo com o nosso entendimento articula o maior desafio da natureza humana: a comunicação.
A comunicação connosco, por si só, é uma relação de exigência inteligente. Não se pode bloquear essa boa relação metabólica, sob pena de o nosso corpo não estar preparado para as nossas expectativas mentais. Consequentemente, a frustração das expectativas resulta numa descompensação orgânica que deprime compulsivamente. Carece de energia alternativa que pode não estar disponibilizada.
Como alterar a natural tendência das hostes em caso de depressão? É o encontro connosco, com a nossa bitola de dignidade satisfeita e real. Inicia um processo de auto-conhecimento, redescoberta e de fé.
O auto-conhecimento obriga a entender o organismo inserido no ambiente. A natureza do planeta e das pessoas num jogo global de concentrações de energia. O fenómeno social de massas é um verdadeiro exemplo de concentração de energia

tempus de existir

porque comunicamos...
Grande imbróglio este de se ser homem/ mulher! Lembro-me agora daquele livro de ficção divulgado na TSF, de que era autor um cientista da área da matemática e da física, e que ligava, algures nos séculos vindouros, a engenharia informática ao conhecimento humano, ligação esta realizada com SENSO. (é o termo que mais significativamente se apresenta como sinónimo da confusão de pensar e sentir).Será que não fomos programados por outra geração de seres, de evolução magnânima, que nos estão a inventar e a desenvolver, e a pensar se um dia, na mais longínqua memória futura (ou até tão perto), se conseguem programar a eles próprios e... na imensidade dos astros, muito astronomicamente se multiplicam e se vão programando de gerações em gerações?" Ou até tão perto ", referenciava eu no parágrafo supracitado. - Mas a minha fé é mais ingénua e fácil. Não sei se é a minha forma de me justificar perante o perfeito, ou tão simplesmente o medo, limitativo da evolução e do qual esta depende - o medo é o pensar " em civilização ", sobrevivência...Bastava um simples Ente, ao qual chamamos de divino, que transcendentemente cria e organiza estes seres declamados e aclamados homens e mulheres. Oh meu Deus! O que é que está tão longe e programa estes seres que se arrogam no direito de se programarem?

filo-tempus

Professam-se religiões, declaram-se guerras santas, suportam-se ídolos que sobem nas pirâmides do poder até que, “lá em cima”, interrompem as profecias e desmontam a pirâmide. Para quê? Porque para voltar a elevar-se, não há tempo para pensar no futuro, é necessário o trabalho árduo, ruidoso, na maior parte das vezes aparentemente inconsequente.Estes antípodas morais beliscam-se compulsivamente por um meio – a comunicação.
O romance persiste em entender o homem em dois hemisférios que cruzam informações tais que nos permitem conhecer o irracional, o sentimento.Este basilar enlace entre pensar e sentir é tão diabólico que desenvolve as mais múltiplas confusões de raciocínio; Confundem-se a cada imagem que violenta a retina, a cada frequência que o ouvido recepciona, a cada fragrância que é inspirada.
É a comunicação a douta advogada da confusão de pensar e sentir.Falar é criar a pior confusão. É permitir que todas as nossas confusões se confundam dramaticamente na confusão do interlocutor.
Perpetuar esta confusão é sacramentalizar o limite do pensar. Não basta confundir para comunicar, é necessário digerir o que se sente e se pensa para que se combata outra senhora confusão - o medo. O medo é um sentimento nobre e pedagógico, é o fundamento da ética. Sem dúvida que é o sentimento da dignidade que, cultivado, tem o maior desafio - a competição do medo pelo medo.

outubro 06, 2004

o tempus

A vida não se pede nem se perde. Tem o seu tempo na justa medida da gestão de tudo o que temos e podemos vir a ter. Ou não. É o tempo que define o que somos, as nossas opções e prioridades. Caminhamos pelo planeta juntando, à memória, cores, formas, objectos tridimensionais e sentimentos. A vida é isso mesmo. Juntar elementos, referências, pressupostos e, depois, contextualizarmos. A semântica dos conceitos encontra-se em constante adição de novos elementos.

outubro 01, 2004

tempus de cor e forma

O fascínio da pintura e da escultura; o cérebro extravasa-se a si mesmo e, confundido com a confusão pensar/ sentir, grava na história os pormenores mais meticulosos - é como um código eruditíssimo, não tão acessível como o escrever e, por força maior, do falar. A escultura é! molda os materiais, as dimensões, os equilíbrios. É, tal como a pintura, arte da visão.A cor é a substância natural mais insignificante e conotada intelectualmente por sentimento, determinante da vontade e do estar, a ênfase que transmite ao relevo, a sua presença nas duas dimensões do espaço ( o pensar e o sentir!).

junho 21, 2005

tempus de escrita

A arte de escrever é tão simplesmente a arte mais nobre. É perpetuar vulcanicamente o poder de pensar. Vejam a distinção entre o pensar e o sentir.A arte de escrever transmite, por sinais codificados pela mente humana, gravações físicas no papel e noutros materiais - marcações estas que se destinam ao sem destino, e permitem a realização de um fenómeno que, projectado no tempo, se torna básico, que é a interiorização, nas suas expressões mais diversas como a introspecção e a reflexão. São , sem dúvida as variantes determinativas do comportamento. Consegue ser apropriada e personalizada pelo receptor. No tempo em que ainda é feitura, isto é, na sua metamorfose embrionária, a escrita está gravar uma diabólica e desesperada luta de confusões, onde pugnam o pensar e o sentir. Na mente do escritor correm raciocínios que são milionesimamente reduzidos a ideias simplificadas, a ideias menos confusas e, portanto, menos confundíveis com a confusão natural dos leitores. A mente do escritor é um universo de ideias que, toscamente se compara a uma palavra num texto de página cheia.Imaginem estar a perceber, naquelas letras, a mente de alguém que maquina um enredo, que maquina o sentir, no fundo...que sonha! O sonho é, na verdade, o esgotar -se na perfeição de uma arte, enquanto "sentir".

tempus de música

O romance persiste em tornar o homem a dois, hemisférios cruzam informações demais ortodoxas que nos colocam a conhecer o que se denomina academicamente por carinho, ou mais globalmente por sentimento. A informação, racional ou não, pode ser transmitida por diversos canais e registos. As artes são disso exemplos nobres.
A música é interessante pelo facto de permitir o pensar e o sentir transmitirem-se pelos dedos e vozes O conceito de pureza é o menos sofisticado, mas depende redundantemente da capacidade de pensar do emissor e, simultaneamente poder ser escutada na sua harmonia, pelo receptor. Mas é, na verdade, menos fácil de perceber. É a primeira a distanciar-se do pensar para o sentir. A música como forma de comunicar é fantástica, sublime e transcendente... é para mim a arte das artes - os sons conseguem atingir um estado de profunda expressão sentimental. Situa-se então, enquanto arte, no mesmo espaço do falar ( mas é a este ascendente - numa árvore genealógica colocar-se-ía num primeiro grau de ascendência relativamente ao falar ). O sentir musical comunica, por via das " confusões ", com o corpo humano e este, por sua vez, transfere sensações físicas para os seus membros, tendões, músculos... e, como glória suprema da arte de comunicar, esse desenvolvimento motor e sensitivo encontra o milagroso momento em que é produzido o som, a harmonia, o êxtase! A pintura, como arte fascinante que é, peca em relação à música, pelo seu carácter estático. A música essa é apreciada no seu tempo, pela sua expressão corpórea e intrínseca, pelo seu equilíbrio no tempo - ( o tempo musical é de uma hipersensibilidade abismal - surge do fraccionamento deste no seu valor relativo de sons - ou mesmo, e poder-se-á dizer, no seu espaço ), e escatologicamente sentido no corpo, transmitindo sensações físicas a membros, que executam em gestos e toques, uma simples melodia... - Santo Deus! Quando penso neste menosprezo, neste tratamento que estou a dar a estas artes, como se fossem artes menores... cresceu em mim, de repente, um sentimento de ignorância e carente de sensibilidade. Valha-me a pobre pauta que me vai dando, gratuita e generosamente, pequenos momentos de prazer e de inteligência e que, por " falha humana " o confundimos muitas vezes com o sentimento de arte superior .

tempus de cruzadas, 1

A "rota$destino" que nos impõe a tendência democrática actual, é muito mais que mediocre! o que aconteceu à Europa nos últimos dias é disso exemplo. Foram os franceses que gritaram que não querem uma europa à moda dos políticos (distante, ineficaz vs injusta), mas preferem reflectir antes de todos estaramos conscientes dos tratados que assinamos. A Europa ficou mais consciente depois do não. Os jornalistas sugaram os chefes de estado e estes deixaram um vazio de ideias; A comunidade intelectual soube estar viva, com uma cruel vontade de não entrar num projecto que se desconhece. Às vezes é preciso saber dizer não!

tempus novus

O ano está a terminar. Mais um! E outros virão para nos testar enquanto seres vivos. Como ambicionar um ano melhor? só com uma atitude diferente poderemos ter um ano diferente. Será sempre a gestão do tempo que permitirá alcançar objectivos e fatias de felicidade.
Dezembro 26, 2005

tempus de lobos

A natureza humana, embora ainda em estudo, permite, pela previsibilidade constatada, que tirar ilações processuais, ié., antes de chegarmos a conclusões irrefutáveis, podemos antecipar comportamentos e fazer pre-juízos! Ora, quanto mais pobre e ignorante é uma sociedade, mais esta revela de forma instintivamente impiedosa, a sua real natureza. Em geral, além de impiedosa, a natureza humana revela-se no imediato. Ao invés, a sabedoria, arma que interpreta a emoção com razoabilidade, é um fenómeno que não se pode confundir com intelectualidade. A sabedoria não é só revelada pelo conhecimento e pelo poder. É revelada pela capacidade de pensarmos além de nós próprios, cruzando a informação com os valores humanos e sociais e realçando as virtudes da persistência na visão, da humanidade no trato, da justiça no perdão.