sábado, 5 de agosto de 2006

tempus de medo

Medo de Existir (autor: José Gil, considerado um dos 25 maiores pensadores da actualidade e, actualmente, cronista da "Visão").
Dediquei poucas horas de fim-de-semana a ler o "livrito". Para quem não pensa no que fomos,somos, e seremos, não é a melhor opção de leitura. A obra é uma fotografia da mancha portuguesa; dos recursos humanos e sua influência no ambiente, na educação e na república.
Do que retive, em súmula, é de que andamos mutilados por um conjunto social de regras sociais e institucionais em que, pessoas e instituições, todos têm medo de todos.
A burocracia institucional é um excesso de garantismo, muito dele sem nexo e utilidade.A desconfiança social é uma praga, que obriga os indivíduos a sancionarem em excesso de formas os seus destinos(leis e regulamentos...), por não existir o factor confiança. Isto leva ao que o autor denomina a teoria da não-inscrição.
vou transcrever um parágrafo:"....Com tanta magia assim ganha, o homem político mediático corre o risco de julgar que tudo pode, que as maiores asneiras, erros, desgovernações (...)lhe serão imediatamente perdoados ou melhor, que eles serão afectados de uma espécie de «impunidade», de «ligeireza», de «irrelevância» que não contarão no balanço final eleitoral - porque, afinal, não se inscreverão na memória popular. A isto chama-se também populismo, demagogia imanente (que se enraiza endemicamente no nosso país « no nacional porreirismo»...."

abril 27, 2005

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