sábado, 5 de agosto de 2006

tempus mortos

Já é tempo de nos questionarmos, civilização, acerca da natureza do da criação, do tempo e da morte. Já é tempo de agradecer o conhecimento, mais propriamente o entendimento, e provocar a inscrição da nossa criatividade no tempo. A morte é, pela sua natureza, ausência; A realidade não pode ser ausente. tem que ser presente, viva, criativa e edificante. Tal como José Gil pensa, e eu subscrevo, o medo de existir está dentro de nós, num nevoeiro de acção/inacção; Pensamos mas não agimos em conformidade. A angústia galvaniza a descrença. O tudo é igual ao nada nesse blasfemo nevoeiro de desinteresse. Onde se encontram as almas inconformadas e distintas? Onde se encontram as barbas brancas da sabedoria que dissecam o trigo do joio? Onde se abrigam as energias alternativas do saber? Em que lugar se pode encontrar um megafone de razoabilidade humana, de princípios. Será que só os mortos-vivos têm direito, enquadramento legal, para a sua existência mundana e remendada?
março 20, 2005

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