sábado, 5 de agosto de 2006

paz e ética

Meses de sobrevivência neste terreiro, neste planeta abençoado por deuses, diabos. Maravilham infernos, pequenos e grandes. É com o terreiro que nos preocupamos todos os dias, até nos sonhos e fantasias, tudo gira ao seu redor. Milhões de pessoas se organizam para conviver da melhor maneira com o planeta, com o que existe e com a velocidade que harmoniza em busca da tranquilidade.
A tranquilidade é na verdade o momento de paz, de harmonia – talvez o momento em que estamos de bem com Deus. Estarmos de bem com Deus! Que momento transcendente, tão inatingível... O espírito e a matéria poderão alguma vez adquirir tal estado de harmonia?
Uma ténue linha separa os dois factores:
A matéria: Conceito que nos permite usar os sentidos para o apreender. É, por tal, um conceito fácil, comprovado e científico.
O espírito: O ilógico torna-se razão, torna-se uma verdadeira criação da natureza. É esse imaginário que torna possível espiritualizar o material, gerir a nossa relação com os seres e com os elementos.
Então, para podermos analisar de forma metódica as relações estabelecidas entre o espírito e a matéria, somos convidados a dissecar os pontos de conflito. O que realmente desperta curiosidade, a motivação para a demonstração e a diminuição do mistério cognitivo.
Esta sequência metódica pode ser o meio pelo qual a nossa existência se torna lógica; definimos objectivamente a natureza e o meio em que a questão colocada. É este o meio pelo qual se chega ao conceito de agnosticismo. Desiste-se de procurar e desvendar mistérios, assume-se a ciência como meio de resolver problemas e procurar respostas.
Para os agnósticos, natureza concebe-se a si própria como um processo de sobrevivência de espécies. O mais forte e o mais fraco digladiam-se genuinamente deixando a sociedade estabelecer as regras de acção de cada indivíduo a cada momento.
A espiritualidade tem sentido? Será que não é esta a única a apresentar propostas éticas únicas para atingir a paz?
outubro 07, 2004

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