segunda-feira, 21 de agosto de 2006

tempus de (in)justiças

... e por cá a Polícia Judiciária corre atrás dos que vendem bilhetes para os "rolling stones"! Olhem bem o ridículo:
Um amigo meu resolveu desfazer-se dos seus bilhetes para o grandioso concerto dos "cotas do rock". Como tantos outros, aproveitou o gratuito espaço num jornal local e divulgou condições e contacto.
Depressa surgiu um interessado. combinaram encontrar-se à hora do almoço numa gasolineira e fizeram a transacção. Segui-se a aproximação do "gang" da PJ que de imediato deteve o vendedor.
Sim. Foi detido, constituido arguido, apreendidos o bilhete e o dinheiro, e acusado de infracção contra o crime de especulação. Só porque estava a vender um bem que era dele, pelo preço que bem entendia. Foi apresentado ao Juiz às 17.30 horas que determinou que aguardasse, com termo de identidade e residência, pelo julgamento que decorrerá na semana que vem.
A seu tempo farei notícia do veredicto.
Algures no norte, também pelo mesmo crime, foi acusada um professora (notícia do "Correio da Manhã). O Sr. Dr. Juiz determinou que a "mestrina" dormisse uma noite na "choldra" devido ao facto de ser professora e dever dar o exemplo.
No que se refere à pertinente questão de se saber se o acto da venda dos bilhetes será crime de especulação, remeto os comentários para a semana que vem.Mas no que toca à gestão de recursos da Polícia Judiciária... na minha opinião, é uma completa desgraça.
Ora o estado esteve a pagar a quatro agentes um dia de trabalho mais uma manhã (como testemunhas no julgamento).
Os bons dos agentes estavam a cumprir a sua missão e até davam dicas ao, ora arguido, de como poderia safar-se e acrescentando que se calhar nem haveria julgamento...e que ele não se esquecesse de pedir o dinheiro (do estado pago ao arguido e agora apreendido). Enquanto davam estas dicas maravilhosas que provam a convicção com que trabalham, o carro da PJ segui com os "azulis" com sirene, em contra mão...a uma velocidade estonteante porque simplesmente não tinham pressa nenhuma...
Simplesmente maravilhoso!
Quid Juris?

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