terça-feira, 11 de agosto de 2009

tempus de poesia

Nas pedras do Gerês,
gentes criaram no frio
a caça do sonho,
que fez das fragas
os velhos segredos
das aldeias de granito.
As ruas, ao lado dos rios,
soltam o sol, e os orvalhos
deste palácio,
perdem-se nas manhãs,
e ouvem-se as águas das fontes
e os cantares dos montes.
À noite,
as malgas aquecem as almas
e as palmas, os sonhos
dos filhos de longe...
Como rezam os deuses da serra,
da terra que os cria.
como choram a ausência dos mares,
a força dos ares
e a distância dos seus.
É a sorrir que acordam o sol,
que teimam as manhãs
e que é o Gerês.

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