segunda-feira, 12 de março de 2007

tempus de xenofilia

A grande maioria dos povos são, por natureza, xenófobos. São cépticos e avessos ao que é estrangeiro, ao que vem de fora. Os portugueses não! Nós somos xenófilos. Apreciamos estranhamente o que é estrangeiro em detrimento do que é nacional. Considero que já fomos mais do que nos tempos que correm. Começamos a ter uma certa auto-estima e a gostar um pouco mais do que é made in. Esta constatação não nos é favorável na maior parte das situações; Contudo, no que toca à aceitação de estrangeiros, nomeadamente com países da lusofonia, é um trunfo que pode trazer-nos mais valias humanas e económicas. As humanas são essencialmente vantajosas devido á língua lusa, à comunicação, à abertura de espírito na valorização do que não é nosso; As económicas, essas centram-se no partido que podemos tirar das ex-colónias. Em Angola e Moçambique, muitos países têm tentado entrar com capital de forma a conquistar esses países pelos negócios. mas as dificuldades têm sido mais que muitas. O facto de não conhecerem a língua e a cultura dificulta-lhes a vida e os proveitos. Exemplo disso é o investimento dos chineses em Angola. 4 biliões de dólares não são suficientes para singrarem naquele país que tem apresentado um crescimento económico acima da média. Precisam de portugueses nas suas fileiras para o que melhor sabem fazer: comunicar com os indígenas.

Valha-nos isso...mas temos que estar presentes, sob pena do trunfo se gastar sem ser rentabilizado. O professor Ernâni Lopes é veemente em afirmar que se nos próximos 10 a 15 anos não aproveitarmos estrategicamente esta mais valia,...puf!! Lá se vai o trunfo.

Sem comentários: